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"Uma criança perguntou, O que é a erva?, estendendo-me as mãos cheias dela; como podia eu responder-lhe? Não sei mais do que ela."



(respiro fundo...)

"Grita bem alto, grita a tua dor e faz-te ouvir em
eco nuns olhos abertos, numa esquina de um
tempo qualquer. São só teus os teus passos.
É só tua esta rua onde indiferente te cruzas
com caras sem rosto, com corpos sem vida.
Aprisionados.
Criança perdida no labirinto do tempo
no universo mágico de todos aqueles heróis
que habitam os teus sonhos de menino.
Os teus olhos transparentes há muito arrancaram
às coisas os contornos, os limites.
Foges das correntes que te comprimem a alma em fogo
e rasgas com as tuas lágrimas o véu opaco da mentira.
Que o teu choro possa lavar as feridas cujo sangue
salpica as mãos de todos esse homens de asfalto,
vestidos de noite.

Tens asas. Voa. Só tu as podes usar.

Isabel C. Neves, Manhã Adiada

posted by FamiliarFeeling @ 18:09,

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